O Dr. Carlos Tavares, Coordenador do Observatório de Políticas Económicas e Financeiras da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES), publicou, recentemente, um artigo intitulado “Economia Portuguesa: a Estrutura e a Conjuntura” no âmbito da SEDES.
“A evolução da economia portuguesa no período pós pandemia e, em particular, o forte aumento do peso das Exportações no PIB tem levado alguns analistas a considerar que esses resultados traduzem uma mudança da estrutura da economia, sem a necessidade de adopção de reformas estruturais. É verdade que desde os severos desequilíbrios que conduziram ao Programa de Ajustamento Económico e Financeiro de 2011/2014, as políticas adoptadas permitiram a reposição dos principais equilíbrios macroeconómicos, com uma desalavancagem significativa, sobretudo do sector privado, e o reequilíbrio das contas públicas e das contas externas, a par de relevantes mudanças comportamentais das empresas privadas. No entanto, como se demonstra, uma análise fina dos resultados e dos seus fundamentos mostra que subsistem as grandes questões estruturais que condicionam os nossos níveis de riqueza e de produtividade e que só uma via de políticas e reformas consistentes permitirá sustentar níveis de ambição superiores. Tudo indica que os dados conhecidos relativamente ao ano em curso confirmam este entendimento, mostrando, em particular, a excessiva dependência do nosso crescimento face ao dos nossos parceiros mais próximos. (…)”
A reprodução do artigo foi autorizado pelo seu autor, pelo que este pode ser lido, integralmente, aqui.